
Contexto
A COP30 — a 30ª Conferência das Partes da Convenção‑Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) — acontecerá em Belém, Brasil, de 10 a 21 de novembro de 2025. Esta será uma das edições mais simbólicas da conferência, justamente por ser realizada na região amazônica, palco global da biodiversidade e afetada por desafios ambientais críticos.
Temas centrais e destaques esperados
- Agendas temáticas e participação ampliada
A COP30 Action Agenda introduz seis eixos temáticos que mobilizam sociedade civil, setores econômicos e governos locais. Destaque para: transformação de sistemas agroalimentares, conservação de florestas e biodiversidade, além de resiliência urbana e hídrica. - Florestas como protagonistas da ação climática
Com a designação como “COP da Amazônia”, o evento coloca as florestas no centro da discussão climática. O foco é torná-las aliadas estratégicas na mitigação de emissões e nos serviços ecossistêmicos essenciais. - Inovação financeira para conservação
Está previsto o lançamento do Tropical Forest Forever Facility (TFFF), um fundo de investimento misto (blended finance) com aporte de US$ 125 bilhões, com o objetivo de recompensar financeiramente países por resultados de conservação florestal. - Clima, equidade e representatividade
A escolha de Belém reflete a proposta de discussão das mudanças climáticas como ferramenta de justiça socioambiental, incluindo comunidades vulneráveis e povos originários, além de priorizar acessibilidade e inclusão social. - Pressões e tensões políticas
Críticas crescem sobre a suspensão do moratório da soja às vésperas da COP30, o que foi interpretado como um retrocesso em estratégias de proteção da Amazônia. Além disso, há um apelo urgente do Brasil por planos climáticos mais ambiciosos (NDCs), embora muitos países ainda não os tenham apresentado.
Por que isso importa para a 5A e seus parceiros?
- Oportunidade estratégica para financiamento: o TFFF pode abrir portas para projetos integrando conservação e rentabilidade ambiental.
- Alinhamento com políticas públicas e estratégias de ESG: principalmente para serviços ligados a monitoramento territorial, CAR, gestão de espaços florestais e estruturação de projetos ambientais.
- Potencial de articulação com redes locais e globais: por meio de iniciativas como os “Thematic Days” e os mecanismos de mobilização da sociedade civil.
Conclusão
A COP30 em Belém representa um momento crítico de convergência global para discutir não só mitigação climática, mas também justiça socioambiental, inovação em recursos e governança inclusiva. Empresas, governos e organizações técnicas como a 5A podem ampliar seu impacto estratégico nessa agenda.